António Capucho continua a sua saga hipercrítica da governação. Desta vez, também não disse nada que os solistas seus colegas não tenham já dito, acompanhados pelo coro dos comentadores do regime. Defendeu perante a TSF, citado pelo Económico, que a equipa das Finanças deveria ser toda substituída a começar pela ministra e a continuar no secretário de estado do Tesouro que veio do Citi.
Em tese, não deixo de lhe dar alguma razão, sobretudo se o paradigma da governação em Portugal fosse outro diferente do que tem sido – incluindo os dois governos (VIII e IX) em que Capucho participou. Reconhecido isto, é para mim surpreendente que o hipercriticismo de Capucho tenha ficado desligado tantos anos, incluindo os 6 anos de governo de José Sócrates em que se preparou afincadamente a bancarrota, sem que ele se dignasse partilhar connosco o seu preclaro pensamento.
É ainda mais surpreendente que a criatura, inteligente e ilustrada como parece ser, não perceba que os mídia só lhe dão alguma atenção porque ele repete a lengalenga dos outros ressabiados que, por sua vez, repetem a lengalenga do discurso oficial oposicionista. Experimente ele sair desse cânone e verá que os mídia estarão nas tintas para as suas opiniões. Experimente, por exemplo, apontar o dedo à gestão danosa da equipa de Teixeira dos Santos, por exemplo no caso dos contratos swap, e logo verá que os microfones o evitarão como se tivesse infectado pelo vírus da gripe das aves.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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06/08/2013
Ressabiados do regime (6) – Porque lhes dão atenção e tempo de antena?
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1 comentário:
São sempre os mesmos: Pacheco Pereira, Marques Mendes, Marcelo Rebelo de Sousa, Manuela Ferreira Leite e António Capucho.
Devem sortear a ordem e falam sempre à vez a uma cadência regular.
Nunca dizem uma palavra de estimulo, nunca nada está bem.
Proponho que façam um coro e que cantem a uma só voz.
Proponho um nome "Os ressabiados do regime".
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