Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

27/08/2013

Estado empreeendedor (72) – O Estado fornecedor e o Estado cliente

Tudo indica que seria uma questão de tempo e a empresa pública Estaleiros Navais de Viana do Castelo afundar-se-ia na inviabilidade económica. Como Pinho Cardão aqui recorda, com a preciosa ajuda do Governo Regional dos Açores, presidido pelo inefável Carlos César, que por razões fúteis modificou o projecto original do «Atlântida» de 80 para 700 lugares, e de seguida recusou aceitar o navio por não cumprir os requisitos de velocidade em consequência dessa alteração, a ENVC entrou em colapso financeiro ao ter investido muitas dezenas de milhões de euros numa construção que se transformou num mono. Já agora registe-se também que essa decisão do Governo Regional foi bem aceite pelo PSD e CDS, a oposição à época.

José Sócrates tentou sem sucesso vender o mono (chegou a anunciar a venda) ao falecido coronel Chavéz e o actual governo anulou o plano de reestruturação que permitiria mimizar o desastre da ENVC e tem tentado vender a empresa até agora sem resultado.

Sem comentários: