Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

29/08/2013

O ruído do silêncio da gente honrada no PS é ensurdecedor (75) – Um navio de loucos, habitado pelos restos furiosos do socratismo (II)

Reutilizo o subtítulo deste post, com as palavras de João Miguel Tavares, para descrever a tentativa de recuperação da obra socrática ficcionada de consolidação das contas públicas - uma «mistificação hilariante», como lhe chamou Jorge Costa no Insurgente.

Julgo que dois anos depois da fuga de Sócrates para Paris deixando Lisboa a arder depois de chamar os bombeiros da troika para resgatar o Estado da bancarrota, deveria haver poucas almas neste país que não se rissem (ou não chorassem) ao ler os delírios desta direcção socialista acossada pelos clãs de Sócrates, Soares e Costa, e hipotecada aos apparatchiks pendurados no aparelho, esperando ansiosamente o seu lugar à mesa do orçamento.

Desmistificar a «mistificação hilariante» seria uma missão patriótica para os equivalentes socialistas dos barões e baronetes do PSD que vêm esgravatando a governação do seu partido, a maioria das vezes sem propósito que não seja o ditado pelo ressabiamento. Seria, mas nunca será, porque tal classe - se existir - não aparece na cena política quando o PS está no governo.

Por prudência, aqui fica uma chamada para o post de Jorge Costa que explica muito bem a mistificação do capítulo «Consolidámos as contas públicas» nas «Marcas de governação».

Sem comentários: