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15/08/2013

CASE STUDY: Um minotauro espera a PT no labirinto da Oi (8)

[Outras esperas do minotauro: (1), (2), (3), (4), (5), (6) e (7)]

Talvez tudo tenha começado com a falta de dinheiro dos accionistas da PT, com o BES à cabeça (há anos a comprar dívida pública para financiar a obra socrática), que os levou em 2010 a aceitar negociar a venda da Vivo à Telefonica, a pretexto de, se recusassem, a PT seria alvo duma OPA hostil. Registe-se que o próprio governo, com uma golden share, estava a ser pressionado pela Comissão Europeia  para alienar a participação de um Estado já nessa altura à beira da bancarrota que haveria de ser visível em Abril do ano seguinte com o pedido de intervenção da troika.

Seguiu-se um intenso jogo de influências, envolvendo o governo e José Sócrates lui-même, os Espíritos, José Dirceu (o arquitecto do Mensalão, entretanto condenado a prisão), Lula, e claro Bava, Granadeiro e dezenas de consultores que apresentam várias contas: uma de 12,5 milhões de euros (BES e Caixa), outra semelhante do Merryl Linch e ainda do Morgan Stanley (mais uns trocos). O resultado foi a venda da participação na Vivo por 7,5 mil milhões que financiaram a compra da Oi, cujo retrato labiríntico se reproduz outra vez, e, principalmente, permitiu à PT pagar um dividendo extraordinário para tapar alguns buracos nas contas dos accionistas.


Diagrama do Jornal de Notícias
Para uma retrospectiva mais completa, ver o conjunto de posts sobre este tema. Sobre o labirinto em particular onde a PT foi enfiada pela troika Sócrates-Lula-Espíritos ver acima os links em «Outras esperas do minotauro». É na sequência destas «esperas» que surge a notícia de ontem da anunciada redução do dividendo da Oi no 2.º trimestre se ter transformado num prejuízo de 124 milhões de reais (um pouco menos de 50 milhões de euros).

E assim se confirma, uma vez mais, a magnífica e patriótica negociação liderada por José Sócrates que trocou o activo mais importante que uma empresa portuguesa tinha no exterior (50% da Vivo) por um chaço infestado de parasíticos ASPONS (Assessores de Porra Nenhuma, como os baptiza a imaginação brasileira) e com participadas como a Gamecorp, onde está alojado o filho de Lula da Silva, tudo imerso numa cultura de nepotismo.

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