Talvez tudo tenha começado com a falta de dinheiro dos accionistas da PT, com o BES à cabeça (há anos a comprar dívida pública para financiar a obra socrática), que os levou em 2010 a aceitar negociar a venda da Vivo à Telefonica, a pretexto de, se recusassem, a PT seria alvo duma OPA hostil. Registe-se que o próprio governo, com uma golden share, estava a ser pressionado pela Comissão Europeia para alienar a participação de um Estado já nessa altura à beira da bancarrota que haveria de ser visível em Abril do ano seguinte com o pedido de intervenção da troika.
Seguiu-se um intenso jogo de influências, envolvendo o governo e José Sócrates lui-même, os Espíritos, José Dirceu (o arquitecto do Mensalão, entretanto condenado a prisão), Lula, e claro Bava, Granadeiro e dezenas de consultores que apresentam várias contas: uma de 12,5 milhões de euros (BES e Caixa), outra semelhante do Merryl Linch e ainda do Morgan Stanley (mais uns trocos). O resultado foi a venda da participação na Vivo por 7,5 mil milhões que financiaram a compra da Oi, cujo retrato labiríntico se reproduz outra vez, e, principalmente, permitiu à PT pagar um dividendo extraordinário para tapar alguns buracos nas contas dos accionistas.
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E assim se confirma, uma vez mais, a magnífica e patriótica negociação liderada por José Sócrates que trocou o activo mais importante que uma empresa portuguesa tinha no exterior (50% da Vivo) por um chaço infestado de parasíticos ASPONS (Assessores de Porra Nenhuma, como os baptiza a imaginação brasileira) e com participadas como a Gamecorp, onde está alojado o filho de Lula da Silva, tudo imerso numa cultura de nepotismo.
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