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09/08/2013

Dúvidas (24) - Se é assim tão grave tentar vender swaps especulativos, qual a gravidade de os ter comprado?

Se, como diz como diz o coro, Joaquim Pais Jorge, o secretário de estado do Tesouro recém-demitido, nunca deveria ter sido nomeado por, alegadamente, mas ainda não suficientemente demonstrado, ter tentado vender ao governo de José Sócrates swaps de natureza especulativa para esconder défice e dívida, o que devemos fazer aos gestores de dezenas de empresas públicas, ao secretário de estado do Tesouro Costa Pina, ao ministro das Finanças e ao primeiro-ministro de um governo responsável, como escreveu o Impertinente pela contratação «de swap especulativos nas empresas públicas, cujo duplo propósito era, como hoje se sabe, financiar as empresas pela porta das traseiras e esconder dívida pública na parte das empresas que já estavam incluídas no perímetro orçamental»?

Talvez começar por uma acção judicial por gestão danosa do interesse público.

E, se não for perguntar demasiado, devemos também responsabilizar o governo de José Sócrates por ter nomeado Joaquim Pais Jorge membro das Comissões de Negociação dos contratos das concessões rodoviárias Interior Norte, Beira interior, Algarve, Norte Litoral, Beiras Litoral e Alta, Douro Litoral e Litoral Centro, e representante da EP na Associação Mundial da Estrada? De facto, como aqui recorda o Blasfémias, essa nomeação teve lugar apesar de uns anos antes o mesmo Joaquim Pais Jorge ter alegadamente tentado vender os tais swaps ao governo de José Sócrates que recusou indignado por não ser dado a esse tipo de manobras (centenas de posts do (Im)pertinências dedicadas à engenharia orçamental de José Sócrates demonstram o contrário) e pretender diminuir o défice com «contenção da despesa pública», como aqui recorda a Visão.

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