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26/02/2015

O ruído do silêncio da gente honrada no PS é ensurdecedor (103) - Apagar o passado no Rato

«Muitos dirigentes do PS, incluindo António Costa, têm criticado o governo por não estar ao lado da Grécia e por seguir a Alemanha. A minha tese é muito simples: o actual executivo tem-se mantido fiel às políticas de todos os governos desde a adesão à Comunidade Europeia, incluindo os de Guterres e de Sócrates; o PS é que se está a afastar do que tem sido a política europeia de Portugal, desde 1986. A História e a política europeia não começou em 2011, com a chegada da “troika”.

(…)

E o governo de Sócrates manteve a tradição de recusar alianças com os periféricos. Entre 2010 e 2011, já estava a “troika” em terras gregas, Sócrates recusou qualquer aproximação à Grécia. Eram os dias em que o PM português fugia do PM grego nos Conselhos Europeus para não aparecerem juntos na fotografia. A “solidariedade” com a Grécia só existe quando os socialistas estão na oposição e não têm de governar. E, tal como Guterres, Sócrates também se aliou a um dos grandes europeus. Sabem com qual deles? Exactamente, com a Alemanha. E com a Alemanha de Merkel.»

O PS perdeu a memória?, João Marques de Almeida no Observador

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