Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

09/06/2016

Curtas e grossas (34) - O presidente Marcelo visto pelo padrinho da geringonça

«Como diria o De Gaulle, o problema do Marcelo Rebelo de Sousa como chefe do Estado são dois: primeiro, não é um chefe, segundo, não manda no Estado.

Falta-lhe autoridade, falta-lhe uma visão, falta resolução. A falta de autoridade é uma consequência das outras coisas.

Pois ... Esta política do afeto funciona mas tem um prazo curto de vida. Já começa a abrandar. Se o Presidente da República é um senhor muito simpático que vai dar beijinhos a toda a gente que encontra e tirar aquelas fotografias com telemóveis ... como é que aquilo se chama?

Não [lhe vejo espessura]. E [Marcelo] não lhes traz nada: dá-lhes dois dedos de conversa e uma famazita local e mais nada, acabou. Nestas condições, que ele começou na campanha e continuou na
Presidência, o Marcelo tem muito pouca autoridade. A autoridade exige uma certa gravitas e uma certa distância, e ele tem pouca autoridade neste momento.

Ele fala de tudo, mas diz lugares comuns sobre tudo, incluindo coisas que não sabe.

Não falar ou dizer o que o Marcelo diz é a mesma coisa.

Não [tem pensamento próprio]. Continua a dizer, como o Cavaco, que é preciso que os portugueses se entendam. Esse é um desejo centenário e os portugueses nem por isso se entenderam.»

Excertos da entrevista ao Expresso de Vasco Pulido Valente

3 comentários:

Unknown disse...

A noticia da minha morte é exagerada, mas não perco a esperança de ler muito tudologo a admitir saudades do Cavaco.

Anónimo disse...

Padrinho da geringonça?
...

Pertinente disse...

Quem baptizou a geringonça de geringonça não foi Paulo Portas. Foi Vasco Pulido Valente, que por acaso também baptizou Guterres de picareta falante.