Este ano já se suicidaram 4 polícias. Rondando a taxa masculina de suicídios em Portugal os 13 por 100.000 e sendo Portugal um estado policial com 46 ou 49 mil polícias, consoante as fontes, a esmagadora maioria homens, até 31 de Outubro seriam de esperar 5,15 suicídios = (10/12)x(13/100.000)x[(46.000+49.000)/2]. Em consequência, as 4 mortes só são surpreendentes para o jornalismo sofrendo de inumeracia profunda que vê nelas uma notícia.
Sem dúvida surpreendente é o terço de polícias com acompanhamento psicológico. Isso, sim, é obra. Possivelmente deve-se ao tédio. Imagine-se a legião de 46 ou 49 mil polícias acampados em esquadras lúgubres, sem saírem a rua durante todo o turno, cuja única diversão é dar umas murraças de vez em quando num suspeito engavetado. É deprimente.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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15/11/2011
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