Enquanto na Europa ocidental a esquerdalhada nos anos 80 gritava «better red than dead» nas manifs de protesto contra a instalação dos mísseis Pershing na RFA, a primeira linha de defesa contra o império soviético, os súbditos do império escapuliam do paraíso socialista por todos os buracos do muro e, sempre que uma delegação artística ou desportiva do império visitava o mundo livre, regressava com menos um ou vários dos seus membros.
Decorridos 30 anos, já ninguém tem lata para gritar «better red than dead» e os que então o faziam esqueceram-se e os seus filhos políticos gritam agora outros gritos. Quem não esqueceu esses anos são os povos que os viveram debaixo do jugo soviético.
Por isso, se não surpreende ainda hoje nos EU se inaugurarem estátuas de Ronand Reagan, 7 anos depois da sua morte, assim como também não espanta outras serem vandalizadas, não fora aquela memória dos povos do império soviético não se compreenderia terem sido inauguradas nos últimos dias estátuas na Polónia por Lech Walesa e na Georgia por Mikheil Saakashvili. Compreende-se porque Reagan foi um dos que mais contribuiu para tear down that wall.
Os polacos não esqueceram |
Moral
Better dead than red, o grito silencioso dos que tentavam escapar do paraíso soviético, enfrentando o risco de serem assassinados durante a fuga.
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