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Para quem não se lembre, o problema de hoje começou em 2007 nos Estados Unidos, não nasceu na Grécia, nem na Irlanda nem em Portugal», escreveu Helena Garrido no artigo «
O elogio a Papandreou», bastante mais do foro mitológico do que o habitual. Nele é defendida a tese, unanimemente aceite pelo jornalismo de causas, das desgraças do endividamento pantagruélico dos países da Europa meridional (o caso de Irlanda é outro filme, como sempre defendemos) não resultarem de décadas de défices orçamentais e de défices do comércio externo, mas do
crash do crédito hipotecário americano.
Tem esta mitologia importância? Tem alguma, precisamente porque é perigosa e bastante popular, como tudo quanto é empurrar a responsabilidade. Não é possível tratar um alcoólatra se ele está convencido que os seus problemas resultam do aumento do preço do briol.
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