Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

13/03/2017

CAMINHO PARA A SERVIDÃO: A geringonça como frente popular apoiada na ligeireza de Marcelo

«Esta aliança de “frente popular” não se interessa por salvar ninguém da miséria ou por uma economia paralisada e pobre. Logo do princípio o seu grande objectivo foi ocupar e dominar o Estado, de maneira a nunca ser removida do poder. Uma política que Marcelo, na sua natural ligeireza e esquecido como sempre de que é Presidente, aprecia e jura que está de “pedra e cal” ou mesmo de “cimento armado” para eterna felicidade dos portugueses.

Desde que emergiu das combinações torpes de 2015 o governo só pensa, de facto, em alargar o Estado, revertendo as privatizações de Passos (a TAP e os transportes urbanos, por exemplo), aumentando o funcionalismo público e, agora, restaurando a sua progressão nas carreiras (na prática sempre corporativa, paroquial e automática).

Claro que qualquer instituição independente é para este benemérito regime uma provocação, seja o Conselho de Finanças ou a rede ferroviária. Segundo Jorge Coelho, “quem se mete com o PS leva”. Carlos Costa, Teodora Cardoso e outros réus de autonomia e liberdade própria vão agora levar com um “organismo de cúpula” que os meta na ordem e force a não destoar da mascarada estabelecida. Se a Geringonça durar acabaremos na “democracia diferente”, em que um cidadão ande bem vigiado e em que o governo controle a economia, como a que o dr. Cunhal nos preparava e, no “11 de Março”, esteve quase a impor.»

Uma democracia “diferente”?, Vasco Pulido Valente no Observador

Sem comentários: