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09/03/2017

O ruído do silêncio da gente honrada no PS é ensurdecedor (148) - Lá estamos outra vez a entrar em "tricas"

Diário de Notícias

«Num documento enviado pelo governo ao Parlamento com as datas das vinte declarações com transferências para offshores que ficaram fora do radar da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) revela que a maioria delas deveria ter sido escrutinada já com o atual governo em funções (tomou posse em 26 de novembro de 2015).»

Se há domínios onde PS tem talentos notáveis um deles, o mais óbvio, é a manipulação da informação e o controlo dos jornalistas de causas que enxameiam as redacções. A evidente sincronia orquestral do caso offshores foi de grande mestria e apagou os SMS de Domingues que cairam irremediavelmente no caixote do lixo da luta partidária, com PSD e CDS a mostraram pouca competência, mesmo descontado o episódio suicidário do antigo SEAF Paulo Núncio.

Não se tratou apenas de levantar mais um caso. Não, não foi "um" caso. Foi "o" caso dos "ricos" que fogem com o "nosso dinheiro" para os offshores, tema tratado com o enorme descaramento habitual por Costa e mais inaudita ignorância à mistura com demagogia por Jerónimo e Catarina, todos devidamente acolitados por pelotões de repetidores. Como seria de esperar, o tema assim tratado bloqueou a módica inteligência de um grande número de tolos que fazem a opinião pública e colocou-os a espumar de raiva espicaçada pela inveja.

É claro que, com a maioria das declarações que deveria ter sido escrutinada já com o atual governo em funções, chegámos agora a um ponto em que o PS percebe que começa a atirar nos próprio pés. Pode-se esperar, por isso, o desacelerar da máquina agitprop da geringonça. Levará algum tempo até os peões mais zelosos perceberem e entraremos de seguida na fase Mutual Assured Distraction (MAD) onde todos se aquietarão, permanecendo só o ruído de comunistas e bloquistas - ruído surdo porque nem uns nem outros quererão entalar demasiado o governo e acabar com o seu abono de família.

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