Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

14/03/2017

DIÁRIO DE BORDO: Como o justicialismo degenera (outra vez) em oportunismo e falta de princípios (VIII)

Recapitulando:

Íñigo Errejón, «um dos fundadores e ideólogos do Podemos e o estratega da campanha que levou Pablo Iglésias e mais quatro ao Parlamento Europeu» e actual secretário político «é suspeito de irregularidades num contrato de investigação que lhe dava 1825 euros brutos mensais» (DN).

Tania Sánchez, noiva de Pablo Iglésias, uma espécie de líder do Podemos, ganhou 50 mil euros especulando com um apartamento atribuído a preço subsidiado por uma cooperativa quando assessora da Esquerda Unida na câmara de Rivas (Libertad Digital, via Insurgente).

Como se fosse pouco, Raúl Sánchez Herranz, o irmão de Tania Sánchez e cunhado de Pablo Iglésias, foi acusado de ter beneficiado de uma «escandalosa adjudicação de um contrato de 137.000 euros pela câmara de Rivas (Libertad Digital, via Insurgente).

O Podemos, um movimento criado em Espanha como alternativa aos partidos incumbentes corroídos pela corrupção, nasceu do Centro de Estudos Políticos e Sociais uma organização financiada pela clique chávista em mais de 7 milhões de euros entre 2003 e 2011 «para criar forças políticas bolivarianas em Espanha».

E assim chegamos à actualidade:
«Insultos por teléfono y una legión de ‘trolls’ en la red»
«Podemos “amedrenta y amenaza” a periodistas críticos, según la APM»
Isso foi em Espanha, onde parece ainda existirem jornalistas com cojones. Conseguem imaginar um comunicado do equivalente doméstico da Asociación de la Prensa de Madrid a exigir fosse o que fosse ao equivalente doméstico do Podemos?
«Considerados los testimonios y las pruebas documentales aportados por estos periodistas, la APM exige a Podemos que deje de una vez por todas la campaña sistematizada de acoso personal y en redes que viene llevando a cabo contra profesionales de distintos medios, a los que amedrenta y amenaza cuando está en desacuerdo con sus informaciones.»

Não? Eu também não.

Sem comentários: