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06/03/2017

Pro memoria (335) – O presente é feito do passado (II)

Como que uma continuação daqui.


A Ucrânia, ao tempo  uma das Repúblicas Socialistas Soviéticas, foi objecto em 1932 e 1933 do extermínio pela fome promovido pelo Estado soviético dirigido por José Estaline que vitimou milhões de ucranianos. O criminoso episódio ficou conhecido por «Grande Fome da Ucrânia» ou «Holocausto Ucraniano» (Holodomor em ucraniano) e foi tão intenso que em 1941 o povo ucraniano recebeu as tropas nazis da Operação Barbarossa como um exército de libertação.

Na passada 6.ª feira 3 de Março, no parlamento foram aprovados dois votos a propósito do Holodomor.

O primeiro voto de iniciativa do PSD expressava a solidariedade com o povo ucraniano, reconhecia o genocídio e condenava todas as formas de totalitarismo, foi aprovado com o voto contra do BE, do PCP, do PEV e de 3 deputados do PS, entre as quais Isabel Santos, Presidente da Comissão de Democracia, Direitos Humanos e Questões Humanitárias da Assembleia Parlamentar da OSCE e a grande combatente pelas liberdades Isabel Moreira.

O segundo voto de iniciativa do PS expressava solidariedade às vítimas da Grande Fome (Holodomor) e teve votos contra do PCP e do PEV.

Em resumo, BE, PCP, PEV e os referidos 3 deputados do PS não reconhecem o genocídio e não condenam todas as formas de totalitarismo ou, pelo menos, não reconhecem o totalitarismo estalinista.

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