Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

11/09/2011

Dez anos depois, um mundo menos perigoso

Por muito se questione, e por vezes com razão, a legitimidade e a prioridade estratégica da intervenção liderada pelos americanos no Iraque como resposta ao atentado de 11 de Setembro 2001, por muito se questione, em certos casos acertadamente, a condução político-militar dessa intervenção, é preciso reconhecer 10 anos depois que o mundo ficou melhor sem Saddam, o mundo árabe ganhou uma democracia frágil e problemática mas democracia, e a Qaida sofreu um pesada derrota e não produziu nenhum atentado dessa envergadura depois do de Atocha.

É igualmente preciso reconhecer que sem a reacção dos EU e as suas consequências geopolíticas dificilmente a influência totalitária e fundamentalista da Jihad daria lugar a um levantamento de inspiração secular e democrática da rua árabe a destronar os títeres em exercício.

É também preciso reconhecer, por muitas asneiras que Bush tenha cometido, e cometeu, nem o seu antecessor Clinton (que meteu o rabo entre as pernas com a morte de 18 americanos na Somália) nem o seu sucessor Obama teriam guts para reagir como George W. o fez. Obrigado George W.

Impertinente                Pertinente

Sem comentários: