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10/09/2011

AVALIAÇÃO CONTÍNUA: Alcança o máximo, só não sei de quê

Secção Com a verdade me enganas

Não fora o passado, presente e provável futuro da Ongoing recomendarem a maior desconfiança em relação ao discurso do seu presidente, as declarações de Nuno Vasconcelos à Lusa a respeito da RTP estariam surpreendentemente à altura de uma visão liberal.

Em primeiro lugar, depois de ter sido dado como interessadíssimo e com os contactos certos, o homem garante que não participará na privatização da RTP e está concentradíssimo, diria Futre, na salvação da Impresa (ó Dr. Balsemão, watch your back).

Em segundo lugar, diz que não concorda com a falta de espaço para um terceiro canal e considera: «o mercado é que deve decidir (...) o que não se pode é pedir ao Estado que continue a gastar 365 milhões de euros por ano com a RTP para favorecer dois privados». Sendo a Ongoing o 2.º accionista da Imprensa, um dos dois privados, esta declaração seria uma declaração de fé, não fossem as dúvidas.

Por último, faz outra declaração de fé no interesse público: «não sei qual vai ser o modelo de privatização da RTP, mas não tem que ser necessariamente um mau negócio (para o Estado)». Considerando as minhas fundadas dúvidas, atribuo-lhe o score máximo e hesito entre afonsos e ignóbeis.

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