Como a dívida
- Convento de Mafra, afinal foi construído com ouro do Brasil
- Submarinos
- Estádios de futebol do Euro 2004
- Auto-estradas
- Troço Poceirão-Caia do TGV
- Terceira travessia do Tejo
- Acções do BCP detidas pela CGD
- Acções da Oi detidas pela PT
Por exemplo, terá sido considerado que se os passageiros não pagam o TGV poderá sempre investir-se na produção de electricidade com o aproveitamento da deslocação do ar por micro-turbinas eólicas entaladas entre os carris? Terá sido considerada esta fonte energética? Segundo os inventores da coisa, um comboio ao passar por cada uma dessas micro-turbinas pode produzir 2,6KWh e podendo ser montadas 150 por cada km de carris isso perfaz 390KWh por km o que poderá valer a preços actuais uns 43€ por km e 30 mil euros por comboio numa viagem de Lisboa a Madrid. Falta só considerar o custo do investimento numas cem mil belas micro-turbinas e suportar o custo da sua manutenção que deverá incluir a reposição das roubadas pelos bandos de especialistas que actualmente trabalham nos condutores de cobre.
É mais difícil esconder a dívida pública do que o défice? Sem dúvida. Porém, difícil não é impossível, muito menos para um governo com um tão notável registo de trafulhices – recordem-se aqui as últimas.
Sócrates vai ao beija-mão a Berlim e apresenta medidas que são divulgadas pelo ajudante para as finanças na sexta. No sábado, Sócrates garante que «as medidas [anunciadas no PEC 4] para este ano, não têm de passar no Parlamento».«Espantoso este patriotismo que se submete, sem esforço, ao pavor de ser responsabilizado pela convocação de eleições. É esta a fibra que vai salvar o país? Está bem abelha.»
Que era muita gente, era. Ainda assim, optimisticamente supondo que os Restauradores, o Rossio e a área de ligação com uma superfície total de 35 mil m2 estavam coalhados de deolindos à razão de 3 por m2 a manif não teria mais de 100 mil. Mesmo 100 mil em Lisboa e mais umas dezenas de milhar pelo resto do país é alguma coisa e, como sintoma dum profundo mal-estar, deveria ser suficiente para a corporação política ir pondo as barbas de molho e ir pensando purgar-se dos seus elementos mais putrefactos. Não vale a pena imaginar amanhãs que cantam e muito menos cavalgar oportunistamente a onda, mas também não adianta a conversa merdosa de políticos e apparatchiks merdosos não sei o quê, o poder não sei que mais, cai na rua, bla bla.