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13/03/2021

TAP, Unipessoal - o pedronunismo como receita para o desastre

«Lendo as notícias sobre a TAP no último mês, ela não parece ter apenas uma maioria de capital público. Não é também uma mera entidade pública com uma missão clara. Não é sequer uma empresa com gestores e trabalhadores. Antes, ela é uma delegação do Ministério das Infraestruturas e da Habitação. Quem acautela pelos créditos e garantias dados à empresa? O ministro Pedro Nuno Santos. Quem discute planos de reestruturação? Santos. Quem firma acordos com os sindicatos dos trabalhadores? Santos. Quem negoceia com os fornecedores? Santos. Quem revela quem será contratado para a Comissão Executiva? Santos. Quem discute o futuro do aeroporto? Santos. Dependendo do tema, Santos é credor, acionista, gestor, estratego, crítico... Hoje, na comunicação social, a TAP é Santos, e Santos é a TAP. (...)

Se olharmos para a TAP como um serviço público às ordens do ministro Santos, o acordo com os sindicatos faz sentido. Já da perspetiva de uma empresa que concorre num mercado privado, faz bastante menos.»

De quem é a TAP?, Ricardo Reis

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