Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

29/06/2016

ESTADO DE SÍTIO: O BExit, mais uma causa fracturante

O Bloco de Esquerda é uma agremiação constituído pelas sobras dos marxismos de todas as tendências, tais como marxismo-leninismo, trotskismo, estalinismo (do qual ninguém se confessa adepto), maoísmo, e outros ismos menores como o guevarismo, etc., a partir de grupúsculos vários, tais como a LCI (trotskista), a UDP (marxismo-leninismo e estalinismo), o PRP (guevarismo) e dissidências várias mais recentes do PCP (Política XXI via Plataforma de Esquerda) entre outros.

Como agremiação de grupúsculos devorados pelas dissidências, o BE estaria condenado a uma vida curta não fosse o talentoso marketeer Francisco Louçã ter criado a marca Bloco de Esquerda e definido o produto como uma espécie de marxismo cultural, combinando o multiculturalismo e o politicamente correcto, e expurgando-o dos componentes ideológicos obsoletos.

Condenados a procurar constantemente novas fronteiras para manter a bicicleta a pedalar (neste aspecto são parecidos com os eurocratas na União Europeia), os bloquistas quase já esgotaram as causas fracturantes. Aliás, o crescente relativismo moral deixou de constituir uma resistência e sem resistência não há causas fracturantes, pelo que restam muito poucas, como o casamento com animais e a última fronteira à qual chegarão um dia - a pedofilia – onde aliás Daniel Cohn-Bendit,  um dos ídolos do radical chic, já chegou há muitos anos, como confessou numa célebre entrevista ao Libération.

É a esta luz que deve ver-se o «referendo contra a chantagem» que Catarina Martins se propõe apresentar caso venham a ser aprovadas as sanções previstas por défices excessivos. É a exploração de uma nova fronteira em que as sanções não passam de pretexto para pôr em causa a integração de Portugal no espaço económico, social e político da União, integração que será sempre um obstáculo à putativa hegemonia da extrema-esquerda e o BE sabe-o bem. Num certo sentido, é equivalente ao empenho para destruir a família tradicional e a empresa privada, duas instituições que são um obstáculo no caminho para o domínio total do Estado indispensável para criar o «homem novo» no «Estado Socialista».

1 comentário:

Unknown disse...

Está a leva-los demasiado a sério.Deixe os rapazes entretidos com o sexo do BI. Quando começarem a conversar de assuntos dos crescidos, logo vão começar a dar barraca. Os cinco minutos de glória vão ajuda-los a crescer.