Fonte: Bloomberg |
Para encontrar uma yield das OT a 10 anos inferior à do fecho de ontem (3,368%) é preciso recuar quase 9 anos até Setembro de 2005. Porém, não é caso para embandeirar em arco por várias e sensatas razões.
Desde logo porque há 9 anos as yields baixas resultavam mais do contexto dos mercados do que da confiança que a nossa situação inspirasse aos investidores. Nessa altura, o crescimento da economia era já medíocre, apesar do endividamento externo galopante, e ainda mais se à taxa de crescimento deduzíssemos a taxa de crescimento da dívida externa, como aqui fez Mário Amorim Lopes no Insurgente.
Ora se as nossas yields caíram para menos de metade desde Setembro do ano passado, nuns escassos 10 meses, isso não se deve às nossas modestas realizações, quase todas perfeitamente reversíveis a curto prazo, nem se deve às profundas reformas que não fizemos, mas deve-se à procura de aplicações rentáveis por parte dos investidores cuja percepção de risco os está a conduzir a desinvestir nos países emergentes que viveram os últimos anos à boleia do boom de matérias-primas agora em fase de esvaziamento.
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