Houve um período de certa confusão, com as sinapses a faiscar para tentar perceber como podia a economia estar a crescer (pouco), o desemprego a diminuir (pouco), as exportações a subirem (alguma coisa), as contas externas a melhoraram (bastante), as yields a descerem e o governo a conseguir financiar-se nos mercados, tudo isto sem investimento público, sem estímulos ao consumo, sem Keynes e com o ídolo José Sócrates a estudar filosofia política, primeiro, e a remoer vinganças no púlpito da RTP mais recentemente. Depois desse período difícil o pastorinho Nicolau Santos começou gradualmente a recuperar o pé e a retomar a lengalenga de sempre.
No caderno de Economia do último Expresso, resolveu combater uma suposta campanha para promover o governador do BdeP a herói nacional. Segundo ele, Carlos Costa está a fazer apenas a sua obrigação e até talvez nem isso - insinua que as iniciativas em relação ao BES apenas são tomadas para o homem não ficar mal fotografia quando a supervisão for transferida para o BCE. Não sei se existe essa campanha, nem leio a mente da criatura para saber as suas motivações, mas não posso estar mais de acordo: também acho que Carlos Costa não cumpre cabalmente o seu papel de supervisor bancário.
Há, contudo, uma profunda diferença entre o pastorinho e este vosso criado, para além da coincidência circunstancial de ambos concordarmos que «não está um santo na Febo Moniz». E a diferença é muito simplesmente esta: ao contrário do pastorinho, um praticante contumaz da doutrina Somoza, não sou adepto dessa doutrina e, portanto, enquanto ele lambia as botas do governador ministro anexo Vítor Constâncio imaginando-o um modelo de virtudes de supervisão, nós aqui no (Im)pertinências dedicávamos-lhe dezenas de posts pondo a nu o seu desprezo pelos conflitos de interesse, a sua falta de independência, as suas cumplicidades com os governos, com o Partido Socialista, com os poderes fácticos em geral e, em especial,com o pior do sistema bancário. Veja-se em retrospectiva a etiqueta ministro anexo com quase 70 posts.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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