Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

27/06/2014

A atracção fatal entre a banca do regime e o poder (21) – Mais um exemplo de influência nociva

[Mais atracções fatais]

À boa maneira portuguesa, a anos de silêncio púdico e inacção de governos, reguladores, mídia, jornalismo de causas et al. todos a assobiarem para o lado ao verem ou a adivinharem as manobras dos Espíritos, em associação com poderes fácticos vários, nas suas empresas e nas empresas onde a sua influência se fazia sentir, segue-se a divulgação em catadupa de mais casos desenterrados dos subterrâneos do grupo e assiste-se ao abandono do navio pelos ratos que conviveram durante anos no porão.

O último caso é a compra pela PT, uma empresa de telecomunicações participada do BES, de 900 milhões de papel comercial da Rio Forte, trocado recentemente por outro da ESI (1,3 mil milhões de euros de dívidas escondidas), ambas empresas do GES.

Veio agora também a saber que parte dos 4 mil milhões do produto da venda pela PT da Vivo à Telefónica, foram durante algum tempo, antes da compra da Oi, aplicados do BES que naturalmente os usou para estancar os problemas de liquidez que nessa altura já se faziam sentir.

É apenas mais uma ponta agora visível do enorme icebergue da influência espúria do GES no complexo político-empresarial socialista. Francisco Granadeiro (e Zeinal Bava), um dos gestores do regime com reputação razoavelmente intacta, não fica nada bem na fotografia.

Sem comentários: