É certo que, com cerca de 4,5 milhões de veículos de passageiros em circulação com uma idade média superior a 11 anos, 144 mil novos veículos por ano (correspondentes ao 60 mil até Maio) são insuficientes para a renovação do parque automóvel que careceria de 400 – 500 mil por ano. Contudo, se por um lado cada novo automóvel significa pelo menos dezena de milhar de euros no saldo da balança comercial, por outro o parque automóvel português é desproporcionado em relação à população e ao poder de compra quando se compara com as médias europeias. É o resultado de incentivos errados desde a adopção do Euro: crédito artificialmente barato e fácil.
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Disso resulta que, não se podendo reproduzir a primeira década prodigiosa deste século, por nos faltar o crédito externo, ou importamos menos automóveis e reduzimos gradualmente o parque automóvel à dimensão da nossa capacidade de o pagar ou aumentamos a exportação de outros bens. Sol na eira e chuva no nabal não será possível.
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