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09/07/2013

Pro memoria (119) – As vaias do povo e os aplausos dos capangas

Do alto da crescente jactância e putativa superioridade moral, apenas justificáveis por uma irremediável inimputabilidade, Mário Soares no seu artigo de agitprop no DN de hoje dita quem está do lado certo e quem está do lado errado:

«No sábado passado (Cavaco) foi vaiado outra vez pelas duas centrais sindicais em conjunto e por representantes de diversos partidos, mas de janelas fechadas no seu palácio, não deve ter ouvido as vaias, como de costume. ...

A presença do Presidente da República, nada discreta, de Passos Coelho e de Paulo Portas (na missa nos Jerónimos) e mais a claque dos capangas que lá puseram para bater palmas aos políticos presentes resultou num escândalo

Há dois meses, Soares defendeu Paulo Portas que «tem sido humilhado de várias formas». Ontem insultou-o chamando-lhe (adequadamente, acrescente-se) «salta-pocinhas». Porquê? Não é o mesmo Portas. Talvez sim, talvez não. O certo é que antes estava do lado certo e agora saltou para o lado errado.

Talvez nas próximas eleições Soares precise que Portas salte para a pocinha de uma coligação com o seu PS minoritário.

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