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29/07/2013

ESTADO DE SÍTIO: A vingança serve-se fria?

Na saga dos submarinos, onde aconteceu de tudo, incluindo desaparecerem os papéis e até, a acreditar no Dr. Soares, uma alegada chantagem - seria um caso que o PSD teria de reserva para pressionar Portas, segundo Soares que em matéria de chantagem deve ser considerado uma autoridade. Portas que bem poderia ter-se afundado com o objecto do contrato, tem conseguido manter-se à tona, provavelmente pela sua apreciável influência nos meios jornalísticos, por boas e más razões.

Agora, já na fase de arrumação dos papéis para ceder as gavetas a Pires de Lima, compagnon de route de Paulo Portas, o ex-ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, anulou por incumprimento, 6 meses antes do termo, o contrato de contrapartidas para o fornecimento 46,2 milhões de torpedos para os submarinos negociado por Paulo Portas. Qual a pressa? Não poderia ter deixado a coisa para o seu sucessor?

Poderia, mas não deixou. Esquecendo uma bela teoria da conspiração para explicar a pressa, fico-me por uma constatação: com este episódio, a oposição e o jornalismo de causas (a mesma coisa com outro nome) adicionaram Paulo Portas aos dois bombos-da-festa já identificados, Rui Machete (casos BPN, BPP e FLAD) e Maria Luís Albuquerque (caso contratos swap e o que mais adiante surgirá). E uma previsão: ao contrário do que acontece com MLA que será cozida em lume brando, PP dispõe de armas que poderão calar o jornalismo de causas cobardolas e que não hesitará em usar, como sempre usou.

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