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17/04/2016

Estado empreendedor (98) - o aeroporto que só abria aos domingos, esteve para ser cemitério de aviões e agora é um parque de estacionamento (8)

[Continuação de outras aterragens: aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aquiaquiaqui e aqui]

Começou por ser na mente de Augusto Mateus e nos sonhos do socratismo «uma plataforma logística para a carga a receber e a expedir de/para a América e África». A última vez de que nos demos conta, o destino do aeroporto de Beja era para ser uma «unidade de desmantelamento de aviões».

Afinal, virá a ser «uma espécie de parque de estacionamento de algumas companhias aéreas (e) actualmente há uma média de 3 a 5 aviões por semana ali estacionados», disse à TSF o actual director.

Parece mal (e até ridículo, tratando-se do empreendedorismo estatal) ser o próprio a realçar outra vez as suas capacidades preditivas, mas o certo é que há 7 anos escrevo sobre este paradigma da economia socialista e há 5 anos ilustro os posts com esta imagem agora substituída por outra mais apropriada ao estacionamento.

Há uma explicação muito simples para estes projectos saírem furados: as luminárias que os inventam e os políticos que os aprovam não põem o dinheiro onde põem a boca. Por duas razões: (1) o único dinheiro que têm (às vezes muito, veja-se o caso do preso 44) vem de sinecuras, negócios estatais ou corrupção pura e dura; (2) nunca lançaram nenhum negócio próprio, nem sequer um quiosque para vender jornais.

2 comentários:

separatista-50-50 disse...

COMBATER OS PAROLIZADORES DE CONTRIBUINTES

Apontar 'isto ou aquilo' é insuficiente... há que combater os parolizadores de contribuintes... isto é, ou seja, há que reivindicar/criar:
- MAIS CAPACIDADE NEGOCIAL PARA OS CONTRIBUINTES/CONSUMIDORES!
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Ao não reivindicarem mais capacidade negocial... os contribuintes/consumidores estão otariamente a colocar-se a jeito dos lobbys que pretendem aplicar 'Golpes Palacianos'...
De facto, o contribuinte não pode ir atrás da conversa dos parolizadores de contribuintes - estes, ao mesmo tempo que se armam em arautos/milagreiros em economia, etc - por outro lado, procuram retirar capacidade negocial ao contribuinte!!!
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Mais, quando um cidadão quando está a votar num político (num partido) não concorda necessariamente com tudo o que esse político diz!
Leia-se, um político não se pode limitar a apresentar propostas (promessas) eleitorais... tem também de referir que possui a capacidade de apresentar as suas mais variadas ideias de governação em condições aonde o contribuinte/consumidor esteja dotado de um elevado poder negocial!!!
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Tem sido golpada atrás de golpada: veja-se o caso da venda em contra-relógio do Banif (custo de milhares de milhões de euros aos contribuintes).
Ora, por muitos mestres/elite em economia que existam por aí... porque é que quem paga (vulgo contribuinte) não há-de ter uma palavra a dizer!?!?!
De facto, foram mestres/elite em economia que enfiaram ao contribuinte autoestradas 'olha lá vem um', estádios de futebol vazios, BPN, BES, BANIF, etc.
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Caso 1:
O CONTRIBUINTE TEM QUE SE DAR AO TRABALHO!!!
-» Leia-se: o contribuinte tem de ajudar no combate aos lobbys que se consideram os donos da democracia!
---»»» Democracia Semi-Directa «««---
-» Isto é, votar em políticos não é (não pode ser) passar um cheque em branco isto é, ou seja, os políticos e os lobbys pró-despesa/endividamento poderão discutir à vontade a utilização de dinheiros públicos... só que depois... a ‘coisa’ terá que passar pelo crivo de quem paga (vulgo contribuinte).
-» Leia-se: deve existir o DIREITO AO VETO de quem paga!!!
[ver blog « http://fimcidadaniainfantil.blogspot.pt/ »]
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Caso 2:
CONCORRÊNCIA A SÉRIO!!!
Não há necessidade do Estado possuir negócios do tipo cafés (etc), porque é fácil a um privado quebrar uma cartelização... agora, em produtos de primeira necessidade (sectores estratégicos) - que implicam um investimento inicial de muitos milhões - só a concorrência de empresas públicas é que permitirá COMBATER EFICAZMENTE A CARTELIZAÇÃO privada.
[ver blog « http://concorrenciaaserio.blogspot.pt/ »]

Lura do Grilo disse...

O Aeroporto de Ciudad Real foi vendido abaixo do custo: 56 milhões de Euros.