Lembram-se das multiplicações que a esquerdalhada e o jornalismo de causas se dedicaram a fazer durante os anos do governo PSD-CDS dos exércitos de emigrantes que o governo neoliberal maldosamente expulsou do país? Os resultados mais moderados do agitprop andavam pelos 500 mil e alguns tresloucados falavam até em perto de um milhão. As estimativas aqui no (Im)pertinências baseadas no INE andavam pelos 200 mil.
Foi por isso com surpresa que li o Expresso (jornal de «referência» que também alinhou nos delírios) a citar pela primeira vez estimativas mais credíveis a partir do «Emigration Factbook 2015» do Observatório da Emigração. Segundo as Nações Unidas, o número de residentes no estrangeiro nascidos em Portugal teria aumentado de 2.098.897 em 2010 para 2.306.321 em 2015, ou seja 207 mil, número em linha com a estimativa do Eurostat de 210 mil para o período 2008-2013.
Curiosamente, o próprio Observatório da Emigração estima 687 mil emigrantes no período de quatro anos 2011-2014, número desalinhado com as estimativas das Nações Unidas e do Eurostat. Como explicar a diferença? As Nações Unidas e o Eurostat consideram a emigração permanente e o Observatório da Emigração que alimenta as estatísticas de causas do agitprop deu-lhe jeito adicionar a emigração temporária. E assim se condicionam as meninges dos residentes.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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