Grosso modo, as narrativas e na sessão de ontem da comissão parlamentar de inquérito ao BES foram:
- Ricardo Salgado - a falência do BES foi da responsabilidade do governador do BdP, que fez o que não devia, e do governo, que não fez o que devia; propósito da narrativa: salvar a pele; performance: muito abaixo das suas potencialidades, hesitante entre a pesporrência do DDT e a falsa humildade da vítima. Leva 5 bourbons e 5 ignóbeis.
- José Maria Ricciardi – a falência do BES foi da responsabilidade de Ricardo Salgado, em particular, e dos accionistas em geral; o BdP fez o que havia a fazer e o governo não fez o que não devia fazer; propósito da narrativa: entalar o primo; performance: autenticidade, igual a ele próprio. Leva 4 afonsos.
- PSD e CDS – alinham com a narrativa de Ricciardi; propósito: limpar a folha do BdP e por tabela a do governo; performance: medíocre, mas suficiente face aos factos que se conhecem e ajudado pelo dilúvio de comentários de Ricciardi. Levam 4 chateaubriands e 2 urracas.
- PS – alinha com a narrativa de Salgado que chegou a dizer «estamos a chegar a um ponto em que os senhores deputados estão a entender o que aconteceu» sem esconder a felicidade ao ouvir um deputado do PS; propósito: limpar a própria folha suja de anos a dormir com o GES; entalar o governador do BdP limpando implicitamente a folha de Vítor Constâncio e, sempre, tentando entalar o governo; performance: medíocre e insuficiente por não conseguiram coleccionar demonstrações das suas teses. Leva 3 urracas, 4 bourbons, 5 pilatos, 3 chateaubriands e 3 ignóbeis.
- PCP e BE – desalinham, tentando estabelecer paralelos entre o funcionamento do comité central ou da mesa, respectivamente, e o do conselho superior do GES; propósito: demonstrar a malvadez intrínseca do capitalismo; performance: ridícula e repugnante a do PCP e apenas ridícula a do BE. Levam 5 bourbons e 5 chateaubriands.
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