O economista Nouriel Roubini sugere que o governo alemão dê mil euros a cada família para gastar no sul da Europa. Por detrás da aparente frescura da ideia, estão as mesmas políticas rançosas do costume. Ou, melhor, uma combinação original - reconheça-se - das mesmas consistindo em o governo extorquir dinheiro aos contribuintes para subsidiar com esse dinheiro o consumo, não já de bens ou serviços domésticos, mas de serviços prestados por nacionais de outros países nesses países.
Ao gastar o putativo cheque de dona Merkel, o turista subsidiado com impostos dos outros alemães poderia desabafar no bar do hotel em Atenas: «Vocês, gregos, não têm economia, não têm Governo, nem têm dinheiro. Mas cobram-me quatro euros por um café!» E poderia acrescentar «nunca vi uma factura».
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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14/06/2012
A receita do costume disfarçada pour épater le bourgeois
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