Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

18/06/2012

Mitos (77) – Chega de austeridade! Vamos lá voltar ao mesmo!

Os adeptos do business as usual clamam que já levamos um ano de austeridade e ainda não se vêem resultados (crescimentistas moderados) ou estamos cada vez piores (crescimentistas exacerbados). Terá esta gente noção de quanto tempo levaram a ter pleno efeito as medidas de austeridade e as reformas introduzidas na Europa do norte face à crise bancária do princípio dos anos 90. Entre 5 a 10 anos é a resposta (*).

E saberão que na Finlândia, que hoje enche a boca dos crescimentistas, o PIB chegou a cair num só ano 6% e o desemprego a atingir 18%?


E as reformas alemães iniciadas em meados dos anos 90, com desemprego de 10% e crescimento nulo, cujos resultados que só fizeram sentir a partir de 2004?

(*) Ver, por exemplo, K. Sandal, «The Nordic banking crisis in the early 1990s - resolution methods and fiscal costs», na colectânea de estudos «The Norwegian Banking Crisis», NORGES BANKS SKRIFTSERIE / OCCASIONAL PAPERS NO. 33, OSLO, 2004

Sem comentários: