[Continuação de (I) e (II)]
Primeiro, Marinho e Pinto foi eleito para o parlamento europeu pelo MPT - Partido da Terra, e no próprio dia das eleições foi dizendo que estava a pensar candidatar-se a S. Bento. Mais tarde, em Bruxelas, ofereceu-se ao grupo dos Verdes que o rejeitou, a seguir ofereceu-se ao grupo dos Liberais que o aceitou – nem uns nem outros saberão porquê, mas a necessidade é um amaciador de consciências.
Só com isto já seria um sério concorrente do professor Marcelo ao título de catavento-mor do reino. Porém, parece não haver limites para o Dr. Marinho, nem para o seu alter ego Pinto. Em resposta a um inquérito do humorista Nilton, publicado ontem no DN, mais do que candidatar-se a deputado, Pinto revela que vai candidatar-se «ao cargo de primeiro-ministro de Portugal». Tudo isto, claro, «sem prejuízo de, depois, poder candidatar-me às presidenciais», como já havia confidenciado antes ao Negócios.
Entretanto, numa outra entrevista no Económico, também citada pelo Observador, Marinho confirma que Pinto se candidata a primeiro-ministro, mas também pode ser a ministro da Saúde, e que pode ser pelo MPT ou por um novo partido.
Que uma criatura que em 3 meses já lhe passou pela cabeça concorrer a cinco lugares (deputado no PE, deputado na AR, primeiro-ministro, ministro da Saúde e presidente da República) possa ter atraído mais de 7% dos votos diz muito sobre o grau de clarividência do eleitorado.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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