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11/08/2014

O ruído do silêncio da gente honrada no PS é ensurdecedor (90) - Faz o que digo, não faças o que faço

António Costa, presidente da câmara em ano sabático e candidato a candidato a primeiro-ministro, assistiu impávido e silencioso à nacionalização do BPN, promovida pelo governo Sócrates que se seguiu àquele de que foi ministro de Estado, isto é adjunto de Sócrates.

Com três anos de atraso, vem agora desafiar o governo a «falar verdade» no caso BES e a defender que «não podemos é criar esta ilusão junto das pessoas que é uma solução sem dor, não. É uma solução que tem dor como, aliás, acontece habitualmente quando se resolvem problemas».

Saberá Costa que, segundo Teixeira dos Santos, quando o BPN foi nacionalizado já tinha um buraco de 2 mil milhões nos capitais próprios e que o Novo Banco depois de expurgados os activos e passivos que ficaram no BES tem, segundo o balanço provisório publicado, 4 mil milhões de capitais próprios? É claro que isso não significa que seja «uma solução sem dor» porque necessariamente tem riscos. Diferentemente, a solução BPN já tinha dor antes de começar e só poderia ser um desastre - principalmente depois de o governo deixar na mão dos accionistas os activos com valor da SLN.

2 comentários:

Anónimo disse...

António Costa ainda não teve coragem para dirigir uma crítica que fosse a Ricardo Salgado... porque será?

Anónimo disse...

Talvez pelas mesmas razões por que ainda não teve coragem para criticar quem foi responsável pela nacionalização do BPN...