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14/12/2013

SERVIÇO PÚBLICO: Empurrando a dívida para a frente com a barriga da banca (2) ... e da troika

Uma espécie de sequela deste post, onde se escreveu sobre a troca de dívida no dia 3 deste mês: é uma das modalidades de reestruturação da dívida, sob a forma de um reescalonamento para aliviar a pressão de curto prazo. Não é bom, nem é mau. É o que tem de ser. O que não teria de ser, e provavelmente é, é a operação de troca de dívida ter sido feita em grande parte à custa dos suspeitos do costume – os bancos portugueses, que assim prolongam por mais 3 a 4 anos o parqueamento em dívida pública de fundos que deveriam estar disponíveis para financiar a economia.

Antes era assim:

Fonte: Expresso 07-12

Em resultado dessa troca e da renegociação das maturidades com a troika ficou assado:


Fonte: SOL 13-12

Ficai, pois, conscientes que vós, os vossos filhos e os vossos netos, devereis estar preparados para os governos (do PS) dos próximos 10 anos vos aliviarem da módica quantia de 10 mil milhões de euros em cada ano, aos quais que se somará o serviço da dívida que já vem a caminho e a demais que chegará.

Entretanto, podeis reflectir sobre a doutrina de José Sócrates dada conhecer ao mundo na célebre conferência en amphi Bolivar à Sciences Po: «a dívida não é para se pagar… é para se ir pagando».

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