Como habitualmente, há aqui vários equívocos. O primeiro é que uma parte importante do «investimento» em investigação e desenvolvimento não é «investimento» mas pura e simples despesa que só marginalmente contribui para aumentar o stock of knowledge. (*) O segundo é que uma parte do que será «investimento» muito discutivelmente poderá com propriedade classificar-se como «investigação e desenvolvimento». Por exemplo em 2008, a PT, o BCP e a EDP foram as 3 empresas que mais investiram em «investigação e desenvolvimento».
O terceiro equívoco é procurar aumentar a despesa baptizada de investimento em vez de procurar aumentar os resultados da bendita «investigação e desenvolvimento». Sobre este equívoco vejam-se os resultados medíocres medidos em novas patentes citados neste post de há 3 anos. Isso era há 3 anos, dirão. A verdade é que também era há 2 anos, como neste outro post se concluiu. E a verdade é que continua, como concluiu o Expresso há umas 3 semanas, no artigo «Uma vitamina para gerar riqueza», surpreendido por não sair milagrosamente inovação do torrar de dinheiro.
Aqui ficam para memória futura os diagramas publicados no dia 16 de Novembro com base no estudo da PwC «Inovação: ADN ou atitude?»
Fonte: Expresso (dados da PwC) CLIQUE PARA AMPLIAR |
Se esta estória tivesse moral, poderia ser: quando se torra dinheiro a única garantia é a de que dinheiro ficará torrado.
(*) Definição da National Science Foundation para fins de classificação estatística da despesa:
«Research and development (R&D) activities comprise creative work undertaken on a systematic basis in order to increase the stock of knowledge, including knowledge of man, culture and society, and the use of this stock of knowledge to devise new applications.»
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