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01/12/2013

CONDIÇÃO MASCULINA: Se a discriminação positiva fizesse sentido seria para os homens

Um das obsessões recorrentes de politicamente correcto é a procura incessante da igualdade dos sexos e a correspondente doutrina da discriminação positiva das mulheres. Ora acontece que qualquer observador atento e descomplexado da realidade perceberá que se há coisas desiguais são homens e mulheres, desigualdade que felizmente tem resistido a décadas de endoutrinação e políticas no mínimo fúteis e nalguns casos nocivas. Dirão os fiéis mais razoáveis que não se trata de «igualdade» mas de igualdade de oportunidades. Ainda assim, se homens e mulheres são tão diferentes, porque haveriam de procurar oportunidades iguais?

Para combater a suposta desigualdade, os crentes preconizam políticas de discriminação positiva, frequentemente sob a forma quotas para certos lugares – por exemplo, parlamentos, conselhos de administração, etc. Estas políticas fazem tanto sentido quanto teriam feito as quotas para licenciaturas há umas décadas. Se acaso tivessem sido adoptadas ter-se-iam revelado hoje completamente estúpidas, face ao facto de em quase todas as licenciaturas as mulheres já estarem em maioria sem quotas.

Para quem defende a engenharia social via política de quotas, há já hoje mais razões para estabelecer quotas para os homens do que para as mulheres. Exagero? Veja-se o exemplo das bolsas «Quero Estudar Melhor» promovidas pela Impresa e a PréBuild atribuídas aos alunos com as melhores médias de entrada na universidade. O ano passado em 30 alunos, 23 eram raparigas e este ano com o mesmo número de bolsas o número de raparigas aumentou para 25.

Que quer isto dizer? Que se não tiver havido enviesamento na escolha dos bolseiros, seria mais provável eu acertar no Euromilhões do que os rapazes e as raparigas terem o mesmo desempenho escolar em dois anos consecutivos nos dois universos de finalistas do secundário dos quais foram extraídas aquelas duas amostras.

Estão são os factos cuidadosamente ignorados pelo politicamente correcto. Quanto às causas, já sobre elas escrevi várias vezes (ver este link).

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