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24/12/2013

Pro memoria (153) – De Semper idem para Semper mutandis. O estranho caso do Dr. Pacheco Pereira.

Nunca fui ouvinte ou espectador das intervenções soporíferas do Dr. Pacheco Pereira, mas lia regularmente com gosto, confesso, os seus escritos. Já há algum tempo, por absoluta falta de pachorra, deixei de o fazer. Os seus escritos deixaram de me interessar como objectos do seu pensamento político. No máximo, se me interessarem, será como objectos de psicanálise porque, gradualmente, desde há alguns anos não passam de exercícios de ressabiamento e vaidades ofendidas e, consequentemente, de ódios de estimação.

E é como objecto de psicanálise que tomei conhecimento indirecto (aqui por aqui) do que parece ter-se passado no programa Quadratura do Círculo onde o Dr. Pacheco Pereira dissertou sobre a redução do IRC, o colaboracionismo do PS com a direita e o favorecimento dos poderosos. Fê-lo com tal sanha que até António Costa, que se esperaria ficar-lhe grato por estar a demolir o ocupante do lugar para o qual os deuses socialistas destinaram Costa, ficou embaraçado.

Trata-se de um mais um exemplo de como a prática política deve mais a Pavlov, Freud, Jung, Lacan et alia do que às grandes doutrinas políticas e sociais.

3 comentários:

Anónimo disse...

O et allia é que é o fundamental.
Abraços do eao

Anónimo disse...

excelente blog .
Boas Festas

Anónimo disse...

"Trata-se de um mais um exemplo de como a prática política deve mais a Pavlov, Freud, Jung, Lacan et alia do que às grandes doutrinas políticas e sociais."

Completamente.