Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
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The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

22/12/2015

SERVIÇO PÚBLICO: A Internacional da Indignação (6)


A praga do politicamente correcto que contamina as universidades americanas continua em expansão por esse mundo. Leia-se aqui o ponto de situação do Telegraph nas universidades inglesas onde o politicamente correcto «está a assassinar a liberdade de expressão». Alguns exemplos da paranóia:
  • Oxford está a considerar a remoção de uma estátua de um seu aluno e benfeitor célebre – Cecil Rhodes – instalada à entrada de um edifício cuja construção fora por ele paga; 
  • Professores de várias universidades referem ter sido intimidados online por estudantes que não concordam com os seus pontos de vista; 
  • Nos últimos meses estudantes de várias universidades opuseram-se a conferências por pessoas ou com temas que alguns consideraram ofensivos; 
  • Em Setembro a universidade East Anglia (a mesma onde há alguns anos foram detectados estudos sobre o aquecimento global com dados manipulados) proibiu estudantes de usarem sombreros oferecidos por um restaurante mexicano porque uma associação de estudos considerou que tal seria racista; 
  • A universidade de Oxford cancelou um debate sobre o aborto porque estudantes reclamaram que seriam ofendidos pela presença no painel de «uma pessoa sem útero» - homem, no seu patuá pc; 
  • Estudantes da universidade de Cardiff tentaram banir a feminista alemã Germaine Greer por ter escrito que um homem castrado não se comporta como uma mulher o que seria ofensivo para os transexuais.

Por falar em «pessoa sem útero», nova entrada para o Glossário das Impertinências:

Homem (pc)
Uma pessoa sem útero, segundo patetas politicamente correctos de Oxford

3 comentários:

Anónimo disse...

Pela Europa fora, quando as Universidades foram criadas na Idade Média pela Igreja Católica Romana, estas eram centros de estudo, de aprendizagem e de controvérsia. Mesmo hoje, as "normas" que regem um doutoramento dali derivam. Aprendia-se a saber contrariar (controvérsia), a saber "discutir" (no bom sentido).

Em todas as épocas sempre houve os inimigos da verdade. Basta estudar os temas "Cruzadas", "Inquisição" e "Galileo". Agora, amanhem-se com a "cruzada islâmica".
Renegar os pontos fortes, os pontos chaves do passado é passar-se um atestado de óbito.
Pasmo como em Inglaterra, os professores amoucham nas parvoíces do politicamento correcto.

Nas grandes Universidades inglesas não havia "programa para a cadeira X". Os neófitos valiam-se do apoio de um mais velho e estudavam a "personagem" do professor.

Anónimo disse...

Eu estava quase a desejar-lhe um Santo Natal mas depois lembrei-me de ir verificar com a compliance cá da empresa.

Só lhe posso desejar umas festas felizes e um próspero 1437/8!

Agent Provocateur

Anónimo disse...

O Natal é sempre santo porque é a comemoração do nascimento do Salvador (em aramaico ou em hebraico, Jesus). E estes dias não são os dias da família. São os dias em que nós reverenciamos a Sagrada Família. Jesus e a Igreja foram mortos várias vezes. E, desde há uns 2000 anos, sempre ressuscitaram. Uma teimosia do Divino.