Ninguém sabe exactamente quantos polícias estão no efectivo. Admitamos que os
números da UNODC estão próximos da realidade: 47.409 efectivos ou 444,1 por 100.000 habitantes, o que nos coloca no topo da Europa apenas ultrapassados por Malta e pela Irlanda do Norte. Em conclusão, poderemos ter falta de tudo mas não de polícias.
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É neste contexto que devemos ler a carta ao primeiro-ministro da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (belo nome que pressupõe haverem amadores da polícia) onde, apesar daquele número pletórico, se queixam que «
nos últimos anos a capacidade de resposta da PSP atingiu o limite, cortar mais é pôr em causa a nossa missão e a segurança dos portugueses». E onde também se queixam do «
envelhecimento do efectivo … (porque)
a maioria dos polícias tem mais de 50 anos», como se isso fosse um problema para estar sentado numa esquadra a
tomar conta da ocorrência, que é o que fazem os maiores e os menores de 50 anos porque, como se sabe, é mais fácil encontrar uma agulha num palheiro do que um polícia nas ruas.
No contexto dos recursos existentes tudo isto é absurdo, mas percebe-se no contexto da captura pelas corporações de um Estado gordo, mas fraco. Desse ponto de vista, se os professores, os médicos, os enfermeiros, os militares e outras corporações sugam a
vaca marsupial pública, porque não os polícias?
Outros casos de polícia: (
1), (
2), (
3) e (
4).
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