Ontem, mais uma vez, Mário Soares defendeu no seu artigo de opinião no Diário de Notícias o fim deste governo. Desta vez, mitiga o esquerdismo senil do hic et nunc pelo realismo maquiavélico, e, aproveitando a sua experiência de meter o socialismo na gaveta, mete a democracia na gaveta, considerando as eleições «completamente inconvenientes … (porque) não resolverão nada e podem antes complicar muito a situação».
Como seria de esperar, o patriotismo e o apego à democracia de Soares cedem à inconveniência de deixar no colo do PS a crise de que foi o principal responsável. Em vez de eleições, propõe uma espécie de governo presidencial da iniciativa de Cavaco Silva a partir das sobras deste governo. Outra solução que sempre abominou, mas para Soares as conveniências ganham sempre aos princípios.
Não se tenham ilusões, tal governo não se destinaria a garantir a estabilidade e a não comprometer a credibilidade do país e a confiança dos mercados. O governo que Soares tem em mente é para durar até o eleitorado esquecer um pouco mais como chegámos aqui e o PS se livrar deste líder pusilânime e acossado pela tralha socrática e substituí-lo por um outro - por exemplo Costa.
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Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
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Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
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09/10/2012
Depois do socialismo, Soares mete a democracia na gaveta
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é muito para um homem só,
incorrigível
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2 comentários:
Bem observada essa do socialismo primeirop e a democracia agora.
E afinal, que medidas iria o governo presidencial tomar que não fossem estas? O problema do Bochechas é uma raiva cega a PPC porque PPC ignorou o seu pedido para um governo central antes das últimas eleições. Lembram-se quando MS saíu dessa reunião dizia que PPC era uma pessoa reazoável? O Bochechas é um daqueles políticos que está na política por ele próprio e não pelos outros. Para satisfazer o seu ego, ambições de poder, etc. Essa gente quando está no poder até se comporta normalmente, fora do poder tornam-se raivosas.
tina
Isto diz tudo...
http://www.sabado.pt/Multimedia/FOTOS/-spam---b--Politica---b----spam-/Crise--Quando-Mario-Soares-defendia-o-plano-do-FMI.aspx
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