No passado houve as «
folgas» de Sócrates e Seguro, a saber:
- Janeiro de 2011, a 4 meses da bancarrota: «Portugal tem uma folga orçamental de 800 milhões», garantiu Sócrates
- Novembro de 2011: há uma «folga orçamental» de €900 milhões, jurou Seguro.
Passados 18 e 8 meses, respectivamente, essas folgas transmutaram-se em «
derrapagem». Três meses depois desta transmutação, as «
folgas» reencarnaram como «
almofadas», segundo o
deputado socialista Pedro Marques:
«O Governo tem depositados 7,2 mil milhões de euros nos bancos portugueses e outros 6,3 mil milhões de euros depositados no Banco de Portugal - um valor agregado de cerca de 13,5 mil milhões de euros, que representa 8% do Produto Interno Bruto (PIB). Destes 13,5 mil milhões de euros, só 3,5 mil milhões de euros se referem ao fundo de recapitalização da banca e há outros 10 mil milhões de euros que estão depositados nos bancos, dinheiro que está reservado e que estará a ajudar ao cumprimento dos rácios bancários relativamente aos depósitos».
Almofada? Qual almofada? Onde entra essa almofada no aumento da receita do Estado que permitiria aumentar a despesa sem alterar o défice? Vejamos a coisa na economia doméstica: no orçamento de uma família endividada, as despesas anuais excedem os rendimentos em 10 mil euros, significando que a família vai ter que pedir ao banco mais 10 mil euros em 2013; entretanto, tem numa conta a prazo de 15 mil euros onde depositou o dinheiro que os primos ricos lhe emprestaram; se gastar esta «almofada» de 15 mil euros passará a ter um excesso de despesas de 25 mil em vez de 10 mil e continuará a dever os mesmos 15 mil aos primos ricos. Onde é que está a almofada?
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