Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

23/05/2020

Os mídia ao serviço do governo pela mão do Winston Smith do Dr. Costa

«Há dois meses, André Ventura disse que gostava de continuar a ser comentador de futebol na CMTV. A CMTV sempre o tratou com — digamos — generosa simpatia. Agora foi despedido. O que aconteceu?», pergunta-se o Público.

João Marcelino, que já foi director do Record e do Correio da Manhã, ambos da Cofina, e do DN, o que o qualifica para falar deste tema num artigo com o título Produção nada fictícia, uma piada ao nome da empresa de Nuno Artur Silva, actual secretário de Estado do Estado do Cinema, Audiovisual e Media que a vendeu ao sobrinho antes de tomar posse (estória contada aqui, ali e acolá), artigo onde escreve sobre os dinheiros atribuídos às empresas de comunicação social (ver este e aquele posts), dá a seguinte resposta:

«O terceiro caso de suspeita, por estes dias, surgiu com a dispensa de André Ventura da Cofina, grupo que irá receber 1,691 milhões de euros. A terceira contribuição mais importante. Uma empresa de comunicação tem todo o direito de contratar e dispensar colaboradores. É tão legítima uma ação como a outra. O problema está no timing, que na leitura mais benigna é muito pouco inteligente e se presta a estabelecer relações de causa e efeito com a circulação do dinheiro do Estado. Mais uma vez, e em época de um governo de ‘esquerda’, o problema passa-se ‘à direita’.»

Sem comentários: