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09/05/2020

O PCP e o Chega como diversões do essencial que é o PS ocupar o Estado Sucial

«O PCP é hoje um dos side-shows (o outro é a “extrema direita”) que disfarçam a verdadeira questão da democracia portuguesa: o peso crescente do Estado numa sociedade cada vez mais fragilizada, e a identificação desse Estado com um partido, o PS. O poder socialista, com as suas clientelas, faz-se sentir em tudo, até na barragem de fogo contra Rodrigo Guedes de Carvalho, pela suposta irreverência com que entrevistou a ministra da Saúde. Não, na Alameda não esteve o PCP. Ou antes, só esteve o PCP, porque estiveram o PS e a presidência da república, que criaram a excepção, e o PSD, cuja influência nos acontecimentos consiste cada vez mais em não ter influência nenhuma.»

Rui Ramos no Observador

3 comentários:

Afonso de Portugal disse...

Comparar o poder e a influência do PCP aos do Chega é absurdo. Mas talvez o verdadeiro problema do Rui Ramos seja mau perder: O Chega só existe porque a "direita" que ele representa tem sido um fracasso monumental.

Ricardo disse...

"O Chega só existe porque a "direita" que ele representa tem sido um fracasso monumental." --------Ora aí está!

Ricardo disse...

O poder socialista, com as suas clientelas, faz-se sentir em tudo, até na barragem de fogo contra Rodrigo Guedes de Carvalho, pela suposta irreverência com que entrevistou a ministra da Saúde. Não, na Alameda não esteve o PCP. Ou antes, só esteve o PCP, porque estiveram o PS e a presidência da república, que criaram a excepção, e o PSD, cuja influência nos acontecimentos consiste cada vez mais em não ter influência nenhuma.»---------------------------Esse diagnóstico também me parece óbvio(independentemente das comparações do pcp com outros partidos serem ou não pertinentes,em geral concordo com as análises/artigos do sr Rui Ramos)