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12/05/2020

Pro memoria (401) - A propósito de pandemias e de boas intenções

Há umas semanas, circularam nas redes sociais dois vídeos de Bill Gates e Barack Obama alertando há uns anos para o risco de uma próxima pandemia. Tratou-se essencialmente de uma arma de arremesso contra Donald Trump (arma supérflua porque ele sem ajudas arremete contra si próprio),

Esses vídeos, promovidos por gente "progressista", apresentam Gates e Obama como paradigmas
de proactividade e responsabilidade em contraponto com discurso errático e incoerente de Trump a respeito da pandemia.

A este propósito, é interessante recordar duas coisas. Primeira, Gates foi durante muitos anos uma bête noir dos progressistas que ao contrário estimavam Steve Jobs, uma criatura sobre a qual o outro contribuinte do (Im)pertinências disse o que Maomé não disse sobre os porcos: um bastardo sem remissão adorado por uma multidão de patetas, escreveu ele e eu assino por baixo. Com a criação da Fundação dedicada ao combate de pandemias, entre outras causas, os progressistas começaram a limpar a imagem de Gates.

Quanto a Obama, desde sempre um darling dos progressistas, é verdade que ele fez aquele discurso em 2014 aos National Institutes of Health onde disse
«There may and likely will come a time in which we have…an airborne disease that is deadly. And in order for us to deal with that effectively, we have to put in place an infrastructure—not just here at home, but globally—that allows us to see it quickly, isolate it quickly, respond to it quickly…So that if and when a new strain of flu, like the Spanish flu, crops up five years from now or a decade from now, we’ve made the investment and we’re further along to be able to catch it.»
A segunda coisa a recordar é que em 2005, nove anos antes do statement de Obama, George W. Bush outra bête noir dos progressistas, fez também o seu discurso aos National Institutes of Health, a propósito da ameaça por um novo vírus:
«Our country has been given fair warning of this danger to our homeland», disse, anunciando um plano para a identificação de surtos em qualquer ponto do mundo, criar stocks de medicamentos e vacinas e melhorar a capacidade dos EUA produzirem rapidamente vacinas. «We must be ready to respond at the federal, state and local levels in the event that a pandemic reaches our shores», avisou.
Infelizmente nem um nem outro discursos serviram de grande coisa e os EUA foram uma vez mais apanhados com as calças na mão, como o resto do mundo.

1 comentário:

Anónimo disse...

Perdoem a discordância. Após o 11 de Setembro, todos os cidadãos dos EUA foram vacinados contra a Varíola.

Quando a OMS afirmou que a Varíola estava extinta na Terra [*], eu acreditei e não vacinei a minha filha mais nova. Nos anos 1980 havia a noção científica (então não havia 'especialistas da especialidade') de que vacinar contra a Varíola após os 5-10 anos de idade poderia criar lesões graves, irreversíveis, no Sistema Nervoso Central.

[*] Nem uma década decorreu para ser encontrar 'bolsas' de Varíola sub-saharianas.


Que é que vós esperais de uma criatura de cultura queniana, havaiana, americana? Andar sobra as águas, ter ganho o Nobel sem nada fazer, são provas indisfarçáveis da ralé esquerdalha que comanda o Ocidente.

O Tedros [é assim que ele disse que gostava de ser chamado, se bem que haja outros nomes] era [o curador, o cuidador] o tipo que tinha as chaves dos cofres, das Quintas dos Bill — Fundação Clinton e Fundação Gates & Melinda — em África.

As Fodações progressistas são para tornar os ricos mais ricos e os pobre mais pobres. Aprenderam com a esquerdalhada do século XIX.

Há muito poucos ricos que sabem que os seus empregados — responsáveis pela sua riqueza — têm que ser acarinhados e considerados [aqui, sim] que são colaboradores. Vejam-se Rui Nabeiro e Alexandre Soares dos Santos.

Abraço