Imaginemos como seria venerado um Barroso no final de dois 2 mandatos como presidente da CE, durante os quais a União se alargou de 15 para 28 membros e atravessou a maior crise depois da II Guerra Mundial, se esse Barroso fosse um destacado membro do Partido Socialista. (*)
Imaginemos como seria vilipendiado um Costa, candidato a primeiro-ministro, depois de dois mandatos como presidente da CML durante os quais manteve um aparelho paquidérmico com quase dez mil trabalhadores - proporcionalmente mais do dobro de Madrid ou Barcelona -, uma dívida pletórica apesar da injecção de 286 milhões - proporcionalmente 80% mais do que a dívida do Porto - e realizou uns arremedos de reformas, nomeadamente a extinção do departamento de obras de infra-estrutura e saneamento da CML responsável pela manutenção preventiva dos colectores, com os resultados conhecidos, …
e a transferência de 850 trabalhadores da limpeza para as juntas de freguesia, com os resultados igualmente conhecidos…
… se esse Costa fosse um destacado membro do PSD.
[Doutrina Somoza: ver o Glossário]
(*) Em tempo: no dia seguinte a ter escrito este post, João Carlos Espada, que não é de todo um apparatchik ao serviço de uma causa ou de um partido, escreveu um artigo de opinião «Parabéns, Durão Barroso», no Público, onde trata com independência e objectividade «um dos mais intrigantes fenómenos da atmosfera política e cultural nacional é a indiferença, quando não a aberta hostilidade, da nossa opinião publicada relativamente à presidência da Comissão Europeia pelo cidadão português José Manuel Durão Barroso.»
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
26/10/2014
Pro memoria (204) – A avaliação da «obra feita» segundo a doutrina Somoza
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário