Podemos dormir descansados. Temos um governo que cuida com desvelo dos nossos interesses e, quando falha, temos a oposição, em particular a oposição berloquista.
Segundo disse no parlamento, com a sua linguagem colorida, a deputada Mariana Mortágua, a resolução do BES «foi apresentada como não tendo um tusto de dinheiro dos contribuintes vai ter, sim, um custo para os contribuintes», porque a ministra das Finanças assumiu agora que a Caixa Geral de Depósitos «pode ter perdas» com o Novo Banco.
Maria Luís Albuquerque disse no parlamento na semana seguinte à intervenção que «a responsabilidade é exclusivamente do sector financeiro». Não explicou aos deputados que representando um banco x% do mercado bancário terá uma participação de x% no Fundo de Resolução e, por isso, suportaria a proporção de x% numa perda relacionada com a resolução de BES. E também omitiu que a Caixa é um banco público com 30% do mercado
Se não fosse a clarividência e competência técnica da deputada e economista Mariana Mortágua ainda hoje teríamos ficado sem saber que a Caixa é um banco público, que tem 30% do mercado bancário e tem, portanto, a mesma participação no Fundo de Resolução e que, consequentemente, a Caixa pagará 30% das perdas com a resolução do BES e, no fim da linha, esse custo poderá ser suportado pelo accionista da Caixa que é o Estado.
Isso não aconteceria se o BES fosse nacionalizado como preconizou a deputada. A coisa ficaria logo arrumada com o Estado com accionista único do BES. Para quem tenha dúvidas, veja-se o modelo BPN que, segundo Teixeira dos Santos, «não custou nada» e o nada vai já em 7 mil milhões.
Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)
09/10/2014
Lost in translation (212) – Traduzindo a coisa por miúdos
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Os criticos tornam-se estranhos porque batem sepre na tecla dos que tentam remediar as consequencias da trapaça,mas são discretos com os trapaçeiros!! será que tem significado ou é só por azar?
Enviar um comentário