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23/10/2014

Pro memoria (202) – BES, vê-se melhor de longe

Há alguns meses tenho encalhados no meu desktop dois links para artigos sobre o BES de Frances Coppola no Pieria, um jornal online de uma rede de economistas. O primeiro, «Espirito Santo: complexity, opacity and moral hazard», de 17 de Julho, descreve com maior detalhe e exactidão a teia de aranha do GES do que ainda hoje, três meses depois, a imprensa portuguesa consegue fazer.

No segundo, «How to rip off a bank, Espírito Santo style», de 3 de Agosto, isto é datado do próprio dia em que Carlos Costa anunciou a resolução, a situação do BES é escalpelizada com inesperado rigor para quem só tem acesso à informação pública. Nos dois primeiros parágrafos Frances Coppola escreveu:

«I have been going through Banco Espírito Santo's half-year 2014 results. They make pretty grim reading. No, actually it's worse than that. They read like an instruction manual on how to rip off a bank.

I can't work out if the BES management at the time was stupid, naïve, complacent or criminal. Probably all four. No matter – it has now been entirely replaced. Well, I say “no matter” - but actually such abysmal management DOES matter. Those responsible for audit, risk and compliance have been guilty of incompetence so gross it borders on the criminal. And the former CEO and vice-chairman, Ricardo Espírito Santo Salgado – a member of the Espírito Santo family – has been arrested on suspicion of money laundering and tax evasion. But I suspect he has done more than that: he was also chairman of ESFG, which – as will become apparent shortly – systematically drained the bank and its other subsidiaries. If he didn't know what was going on, he was incompetent: if he did, then he was a party to corruption and, perhaps, fraud on a simply massive scale. Exactly how massive is not yet clear. But I think we are talking billions of Euros.
»

Pro memoria aqui ficam registados os links.

1 comentário:

Unknown disse...

Sem duvida um trabalho meritório trazer para a opinião publica uma informação credível, factual, do gigante problema e emaranhado que é o BES/GES.
Do que tenho visto as tentativas visíveis são de que após a espuma pousar saia a "inevitabilidade" do Zépovinho bancar o tolo que paga o almoço.
Vai dar para este blogue ter posts para dois anos, bem suculentos.