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26/03/2015

CASE STUDY: O homem providencial para o Estado Previdência (11)

(Outros feitos do homem providencial)

Adicionalmente às promessas anteriores, Carlos César, o homem de Costa na presidência do PS, prometeu que quando o ungido chegar a S. Bento os clientes do BES serão ressarcidos «na íntegra das aplicações que eles fizeram». (*)

Deixando antever o que fará se levado ao colo até S. Bento pelos amantes do Estado Sucial, as corporações e os ressabiados do regime, António Costa deixou na câmara de Lisboa uma derrama de 1,5% como adicional ao IRC das empresas com sede em Lisboa (simplesmente a maioria das empresas que pagam IRC e a maioria deste). É a taxa máxima e nem sequer tem uma taxa reduzida, ao contrário de uma parte significativa das câmaras.

Eis aqui, portanto, prenunciado o paradigma do que será a governação socialista se os eleitores distraidamente lhe derem a vitória nas próximas legislativas: aumenta-se a despesa pública e aumentam-se os impostos.

(*) Segundo a estimativa citada pelo Expresso, a «íntegra» a que se refere Carlos César do papel comercial emitido pelas empresas do GES pode atingir 6 mil milhões de euros (6.000.000.000 €) isto é 3,4% do PIB de 2014 ou seja mais do que défice do OE previsto pelo governo para 2015. É, sem dúvida, mais um exemplo do trilema de Žižek.

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