Our Self: Um blogue desalinhado, desconforme, herético e heterodoxo. Em suma, fora do baralho e (im)pertinente.
Lema: A verdade é como o azeite, precisa de um pouco de vinagre.
Pensamento em curso: «Em Portugal, a liberdade é muito difícil, sobretudo porque não temos liberais. Temos libertinos, demagogos ou ultramontanos de todas as cores, mas pessoas que compreendam a dimensão profunda da liberdade já reparei que há muito poucas.» (António Alçada Baptista, em carta a Marcelo Caetano)
The Second Coming: «The best lack all conviction, while the worst; Are full of passionate intensity» (W. B. Yeats)

12/10/2011

DIÁRIO DE BORDO: Já não era sem tempo

Desde há meia dúzia de anos e uma dúzia de vezes, o (Im)pertinências vem recorrendo aos estudos do antropologista holandês Geert Hofstede para explicar as nossas desgraças. Já agora, é interessante esclarecer que Hofstede não desenvolveu o seu modelo das 4 dimensões culturais numa torre de marfim duma qualquer universidade. Em vez disso, assentou as bases empíricas desse modelo no seu trabalho durante vários anos no departamento de recursos humanos da IBM, onde teve a oportunidade de ter acesso e analisar mais de 100.000 questionários de empregados provenientes das sucursais da IBM em mais de 70 países.

Finalmente, alguém na blogosfera se apercebe da importância desses estudos para compreender a influência da cultura dominante numa sociedade e, em particular, para compreender como boa parte das nossas fatalidades são explicadas pelas características da sociedade portuguesa nas 4 dimensões consideradas por Hofstede: um dos países menos masculinos do mundo, com grande distância ao poder, profundamente colectivista e com enorme aversão ao risco. Está lá tudo.

Sem comentários: