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01/12/2011

CASE STUDY: Too far too little, again. One step forward two steps back

Uma vez mais, o Euro Grupo, a reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro, decidiu na 3.ª feira não decidir. Aliás, até recuou em relação ao que se pensava ter sido decidido antes – o aumento do FEEF para mil milhões. Se mil milhões são insuficientes para suportar a pressão sobre a Itália, imagine-se o que adiantará aumentar o fundo para um número que ninguém sabe quanto seja e se situará entre 500 e 750 mil milhões.

Depois queixem-se dos mercados, dos especuladores e das agências de rating.

Por falar em especuladores, há quase duas décadas antecipei a débacle a longo prazo do esquema de Ponzi/Dona Branca da segurança social e a improvável garantia duma pensão correspondente às contribuições duma longa vida de trabalho. Logicamente, desde então, as minhas contribuições limitaram-se aos mínimos legais (com as devidas consequências no valor da pensão) e tenho vindo a aplicar as poupanças esmifradas ao consumo em vários fundos. Sempre tentando diversificar o risco, se é que a diversificação ainda faz algum sentido.

A diversificação talvez ainda faça algum sentido, mas cada vez menos como se constata no gráfico seguinte extraído um artigo da Economist com o sugestivo título de «All in the same boat».


Voltando à vaca fria, confrontado com o risco de colapso da Zona Euro e a saída dos PIGS, com a inevitável subsequente desvalorização brutal dos eurecos – os euros dos PIGS – o que poria as minhas sopinhas na velhice em sério risco, a acrescentar ao da falta de garantia das pensões futuras, alterei recentemente o mix de fundos minimizando os activos subjacentes denominados em eurecos.

Serei um especulador?

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