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02/09/2016

ESTÓRIA E MORAL: As consequências indesejadas do politicamente correcto

Estória

O governo americano e alguns governos europeus estão a tentar reduzir as populações prisionais libertando a um ritmo superior ao dos novos encarceramentos. Com esse propósito, lançaram programas para ajudar os ex-presidiários a encontrar trabalho, aumentando assim as possibilidades de não voltarem a ser presos.

Para evitar discriminação e com o propósito de melhor as possibilidades de obter emprego, activistas de todo o mundo pressionaram para ser proibido os empregadores questionarem os ex-presidiários sobre os seus antecedentes criminais nas entrevistas de emprego, impedindo os empregadores de os seleccionarem com base no seu passado. Tiveram sucesso, porque em 24 estados americanos os empregadores foram proibidos de fazer essas perguntas aos candidatos.

Jennifer Doleac da Universidade de Virginia e Benjamin Hansen da Universidade de Oregon, num estudo publicado no princípio de Agosto concluíram que essa prática incentivou os empregadores, impedidos de conhecer o registo criminal dos candidatos, a tratarem as minorias com sendo mais prováveis de terem antecedentes criminais, reduzindo a probabilidade de jovens negros e hispânicos conseguirem emprego. Estas conclusões forem confirmadas por outro estudo de Amanda Agan da Universidade de Princeton e Sonja Starr da Universidade de Michigan.

Moral

O inferno está cheio de boas intenções.

1 comentário:

Unknown disse...

Parafraseando o Leone, "Era uma vez a América"...
A Universidade de Georgetown também acaba de dar uma boa ajuda ao "pulhíticamente correcto"...